Por Marcos Leal,
Hoje começo com vocês um novo quadro aqui na OpenX: Conexão Direta. A ideia é trazer, de forma prática e objetiva, as principais novidades do mercado de telecomunicações, novas tecnologias, protocolos, e quando e onde vale a pena implementá-los.
Para abrir essa série, vamos direto ao ponto: Segment Routing (SR).
Antes de entender o que ele traz de novo, é importante olhar para o problema atual das redes MPLS tradicionais. Quem trabalha com isso sabe o quanto elas podem ser complexas.
Imagine que você acabou de subir um novo enlace, configurou tudo certinho, mas na hora de testar percebe que todos os túneis estão down e o serviço fora do ar. Depois de investigar, descobre que era só um LDP faltando na interface ou um RSVP mal configurado. Essa dependência de protocolos auxiliares gera uma alta carga de manutenção e aumenta o risco de falhas.
É exatamente esse tipo de cenário que o Segment Routing veio resolver.
Lançado em 2013, ele nasceu com o objetivo de simplificar a rede, eliminar protocolos como LDP e RSVP-TE e centralizar as decisões na origem do tráfego. Ou seja: já na saída, o roteador sabe por onde o pacote deve seguir, reduzindo complexidade e facilitando o controle do caminho.
Além disso, o SR já foi desenhado para o futuro, ele é totalmente compatível com automação, SDN e SD-WAN. Isso torna a operação mais inteligente, previsível e escalável.
Hoje, o Segment Routing já está sendo amplamente adotado por grandes operadoras e datacenters, e deve se tornar o novo padrão de redes avançadas nos próximos anos.
Esse foi apenas um overview inicial sobre o Segment Routing. Ainda há muito mais para explorar: casos de uso, integração com telemetria, e estratégias de implantação.
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