Você teria orgulho de usar a sua própria internet?

Por Renato Ornelas

Essa pergunta parece simples, mas carrega um peso enorme. Ela vai direto ao ponto: o produto que você entrega para seus clientes é o mesmo que você usaria, com orgulho, na sua própria casa?

Quando falamos em construir algo novo, criar um negócio ou desenvolver um produto, existe um princípio que faz toda a diferença: coçar a própria coceira. Isso significa resolver um problema que também é seu. E é exatamente assim que muitos provedores nasceram, para atender a uma necessidade pessoal que ninguém conseguia resolver direito.

Conheço provedores que surgiram da vontade de interligar uma rede de farmácias, ou atender melhor um condomínio, e acabaram crescendo ao ponto de atender bairros inteiros e até cidades. Esses empreendedores começaram pequenos, resolvendo dores reais, e criaram redes das quais se orgulham, porque vivem nelas todos os dias.

Vamos falar sobre o que há de mais genuíno na nossa área: a paixão por resolver problemas reais e a obsessão por entregar qualidade, especialmente quando o cliente somos nós mesmos.

O dia em que o Super Bowl caiu na rede (mas a OpenX segurou)

Lembro de um dia em que estava em casa com alguns amigos assistindo ao Super Bowl. De repente, a operadora caiu, todo mundo no grupo do condomínio reclamando. Só que, por sorte (ou por espírito de provedor), eu já tinha feito um enlace de rádio da varanda da OpenX até a minha casa. Foi esse link que salvou a noite e manteve o jogo no ar.

Esse é o tipo de situação que mostra o quanto a gente precisa viver o que entrega. Eu quero que a internet da minha casa funcione com a mesma excelência da que entregamos na OpenX. Por isso, quando mudei para outro apartamento, puxei fibra até lá e espalhei cabos e pontos de acesso pela casa. Não quero que um problema de Wi-Fi dentro de casa mascare a qualidade do meu serviço. Se der problema, que seja da OpenX e que a gente resolva.

Hoje, minha casa tem um link principal de 10Gbps da OpenX, mais um enlace de rádio como backup. É redundância? Sim. É exagero? Talvez. Mas é o tipo de padrão que queremos entregar aos nossos clientes: o melhor possível.

Se ninguém faz como você gostaria, talvez seja a hora de você mesmo fazer

Foi com esse pensamento que criamos nossos principais produtos. Quando começamos a oferecer Link IP, testamos tudo. Mas nenhuma operadora conseguia entregar o equilíbrio entre qualidade e bom atendimento. Então resolvemos fazer do nosso jeito: altíssima qualidade com suporte técnico de verdade, humano, próximo.

O mesmo aconteceu com a proteção DDoS. Testamos de tudo: soluções de operadoras, appliances famosos, roteadores com filtros. Sempre tinha um ataque que passava ou um efeito colateral inaceitável. Até que decidimos criar nossa própria solução, porque a dor era nossa. A responsabilidade também.

Oportunidades estão por toda parte e começam pelas suas próprias dores

Essa mentalidade abre portas para novos negócios. Muitos provedores criaram produtos de monitoramento residencial ou corporativo porque eles mesmos queriam monitorar suas casas, seus negócios. E descobriram que os vizinhos também queriam. Isso é agregar valor. Isso é fidelizar.

Quanto mais soluções você oferece, mais difícil será para o cliente te trocar por um concorrente. E mais próximo você estará dele.

Conclusão: a melhor rede é aquela que você usaria sem pensar duas vezes

O provedor regional está cada vez mais preparado. Usa fibra, roteadores de ponta, tem estrutura. Mas o diferencial está no atendimento e na qualidade do Link IP. Se você investir nesses pilares, e se perguntar todos os dias se teria orgulho de usar a sua própria internet, vai construir algo maior do que uma rede: vai construir confiança.

E se cada provedor fizer isso, o Brasil não será apenas um país com muita fibra. Será um país com a melhor internet do mundo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *